segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tempos difíceis


Compatível com a época de eleições, eu prometi escrever no domingo passado, mas não cumpri.

São tantas as nossas obrigações, que os momentos de lazer e descontração são deixados de lado por causa da apertada agenda. Prefiro escrever no blog a ler sobre seguros privados, mas a segunda opção é que me permite ir comer no Outback.

Eu ia falar sobre educação, a pedra fundamental da nossa sociedade. A construção de um país se deve principalmente pelos cidadãos que ele forma e das oportunidades proporcionadas a eles. Mais uma vez, a pesquisa do Ministério da Educação, com base na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) mostrou que as Escolas Públicas continuam com péssimos níveis de desempenho.

O educador Paulo Freire já alertava ao governo sobre uma nova maneira de educar a população de baixa renda. A realidade dos jovens da escola que ficou em primeiro lugar no ranking é completamente diferente das dos escolas do governo. Na maioria dos casos, essas crianças mão provêem de um estrutura familiar, não tem atenção dos pais, não possuem perspectivas de futuro e não enxergam necessário o que as escolas lhes ensinam.

Mudar estes pontos está nas mãos dos professores e nas do governo em capacitá-los e incentivá-los através de remuneração e benefícios. A cartilha usada nas escolas, não serve para o garoto que convive com a violência na porta de casa e luta diariamente para ter o que comer no dia seguinte.

Estamos muitos longes de educação exemplar, o números de alunos "bem qualificados" são ínfimos, são continuação de uma minoria burguesa. Já, a grande parte da população não recebe a atenção devida do poder público. E se o governo não olha por eles, quem irá olhar? Se eles não tem dinheiro para pagar por atenção, disciplina e conhecimento.

O direito do cidadão se tornou um bem de consumo.

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