sábado, 24 de julho de 2010

Más explicações



As últimas duas semanas foram turbulentas para mim. Estou vivendo no ritmo acelerado de dois estágios, iniciação científica, repórter de uma revista, curso de francês e a faculdade. Portanto, alguma coisa precisava ser deixada de lado para suprir a enorme demanda de final de período da faculdade. Sobrou pra você, blog. Claro, para minha vida social também. Mas, a turbulência está passando e essa semana já consegui sair para um chop e vou recompensar a semana perdida escrevendo hoje e amanhã.
O título da discussão de hoje não tem nada a ver com a minha vida, em parte, mas com a vida de todos nós. Na sexta-feira, dia 16 de julho, foi implementada a nova lei estadual que proíbe a utilização de sacolas plásticas nos médios e grandes supermercados. A medida visa diminuir o número de sacolas no meio ambiente, pois ela dura, em média, 50 anos para se decompor, tornando-se umas das maiores vilãs nos dias de chuva.

O meio de minimizar o problema era diminuir a demanda delas. Porém, uma lei não consegue de um dia para o outro mudar os hábitos de toda uma população. Medidas educativas devem ser implementadas antes de uma lei. Tal equívoco do governo casou muitos transtornos e dúvidas nas pessoas. Uma vez que acompanhei de perto todos os trâmites, pois trabalho no Inea (Instituto Estadual do Ambiente) - órgão responsável pela fiscalização -, percebi que eles mesmo reconheceram que cometeram um erro. O telefone não parou de tocar na minha sala, com dúvidas, denúncias e pedidos de esclarecimentos da mídia.

Eu não me envolvi nas discussões com o população e nem com jornalista, pois não sou da ouvidoria e nem assessoria de imprensa. Mas, ouvi várias histórias. Umas das mulheres dizia que tinha a solução para o problema! Simplesmente devíamos pedir para os fabricantes que produzem as sacolas, que elas tivessem a durabilidade de 5 anos, ao invés de 50! Outros esbravejavam: "Onde vou colocar meu lixo?!!"

As sacolas plásticas não foram proibidas. Por prevenção a secretaria do ambiente obriga os comerciantes de grande porte que disponibilizem sacolas retornavéis aos clientes estando passível de multa se não cumprirem a lei. Já os clientes precisam se conscientizar a não utilizar o plástico à toa.

As pessoas que não utilizarem as sacolas, ganharam do vendedor três centavos (0,03) de descontos a cada cinco itens comprados. Não é muito, mas este é o preço de custo de uma sacola e a contabilidade é de cinco itens em cada.

A responsabilidade não é apenas do vendedor, mas do cidadão consciente. O problema está na falta desse cidadão, o qual o governo não educa ou informa.

Já existem lojas que o utilizam as sacolas de papel com alças de plástico reciclável. Apenas, devemos seguir estas iniciativas e tentar fazer um pouquinho para ajudar. Primeiro, explique para as pessoas os motivos da nova lei; dê o exemplo, sempre que possível recuse a sacola plástica; e ao fazer grande volume compras, leve sacolas retornáveis ou caixas.

Acima de tudo precisamos formar cidadãos conscientes. Está é a base da educação, assunto que discutiremos amanhã, ok?

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